Um estudo do Ministério da Saúde divulgado esta semana mostra que o brasileiro está cada vez mais obeso e com a alimentação menos balanceada. A pesquisa aponta que 48,1% da população brasileira está acima do peso e 15% são obesos. Na última medição, há cinco anos, a proporção era de 42,7% para sobrepeso e 11,4% para obesidade. Especialistas da Universidade de Brasília apontam a má alimentação como a maior causa do aumento nos números.
A pesquisa também mostra que 14,2% dos adultos não fazem nenhuma atividade física no tempo livre. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de 30 minutos de atividade física pelo menos cinco vezes por semana.
Atenção Mulheres! A pesquisa mostrou que entre as mulheres 44,3% das brasileiras estão acima do peso, um aumento de 6% em relação a 2006. A pesquisa levantou o número da ala masculina, que é ainda mais alarmante: 52,1% deles têm sobrepeso.
A pesquisa também enfocou mudanças na alimentação do País. O brasileiro aumentou o consumo de leite integral e carne com gordura. Entretanto o consumo de hortaliças diminuiu. Para Anelise, o dado mostra que a alimentação está sendo influenciada pela cultura globalizada. “São os efeitos perversos da globalização. Estamos tendo menos tempo para cuidar de nós mesmos”, comenta a professora. Um dado interessante, que mostra uma mudança no padrão alimentar, é a diminuição do consumo de feijão por cinco dias na semana, que caiu de 71,9% para 66,7%.
A professora Kênia deixa claro que para reverter o quadro o melhor é fugir das dietas milagrosas. “Emagrecer muito em muito pouco tempo não resolve, porque a pessoa costuma recuperar os quilos perdidos”, explica a professora de nutrição da UNB. A exceção seriam os casos de obesidade mórbida, quando existe a necessidade de uma perda imediata de gordura. “Só então podemos pensar em alternativas drásticas, como a cirurgia de redução de estômago.”
Fonte: Agência Unb/ Abeso.
A professora Kênia deixa claro que para reverter o quadro o melhor é fugir das dietas milagrosas. “Emagrecer muito em muito pouco tempo não resolve, porque a pessoa costuma recuperar os quilos perdidos”, explica a professora de nutrição da UNB. A exceção seriam os casos de obesidade mórbida, quando existe a necessidade de uma perda imediata de gordura. “Só então podemos pensar em alternativas drásticas, como a cirurgia de redução de estômago.”
Anelise Rizzolo, do Observatório de Segurança Alimentar e Nutrição da UnB, aponta que uma recente medida do Ministério da Saúde que impõe uma diminuição de sódio em alimentos industrializados, pode minimizar estes problemas. "Não é possível mudar a alimentação totalmente. Temos que encontrar uma maneira de melhorar o que já comemos".
Apesar dos números apresentados pelo Ministério da Saúde serem alarmantes e maiores que os observados nos anos anteriores, infelizmente eles apenas confirmam a já esperada tendência de elevação na frequência da obesidade no país. O que implica em maior prevalência também de diabetes melito tipo 2, hipertensão arterial, doença coronariana e tantas outras doenças que se associam à obesidade. O controle da obesidade impede o desenvolvimento de muitas outras! Previna-se!
Fonte: Agência Unb/ Abeso.