Depois de longa discussão na audiência pública realizada ontem, que durou cerca de quatro horas, a Anvisa adiou a decisão sobre os remédios para emagrecer.
Pressionada por médicos e farmacêuticos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recuou e adiou a decisão sobre a proibição da venda de medicamentos usados para emagrecimento no Brasil. Diante do bombardeio que a proposta sofreu nesta quarta-feira (23), durante audiência pública, a Anvisa já não fala mais em um prazo para bater martelo sobre o assunto. Antes da reunião, a informação era de que uma resolução sobre tema seria publicada ainda no início de março.
"Não há prazo para definição", admitiu nesta quarta o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano. "Vamos discutir o assunto até que todas as dúvidas sejam esclarecidas". Depois de mais de cinco horas de audiência, a representante da Anvisa Maria Eugênia Cury sinalizou a possibilidade de novas rodadas de discussão. "Talvez essa não seja a última", afirmou.
Integrante da Cateme, o médico da Universidade de São Paulo Anthony Wong, defendeu a retirada das drogas. "As informações sobre riscos são incontestáveis. Tanto é que medicamentos estão proibidos na Europa e Ásia", disse. Nos Estados Unidos, apenas anfepramona mantém registro.
Uma nota técnica da área de Farmacovigilância e da Gerência de Medicamentos da Anvisa concluiu ainda que a sibutramina não seria muito eficaz na redução e manutenção do peso a longo prazo. Alguns estudos indicam que 20% das pessoas não respondem ao remédio.
Com o embate, a audiência terminou sem parecer.
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